Descrição:
O objetivo do projeto é pensar as distintas formas de cosmopolitismos, tendo como ponto de partida a ambivalência, tal como proposto pelo pensador indo-britânico Homi Bhabha. A ideia é ressaltar o compromisso teórico em um mundo global pós-pandemia; bem como ético-político, abrindo sentidos em diálogo com comunidades que vivem suas experiências vernaculares com a globalização na medida em elaboram trocas culturais que buscam performatizar suas identidades. A indigenização do rap e do hip hop indica uma oportunidade de compreensão e de estudo da interculturalidade e do hibridismo, conciliando o social e o cultural, não a partir de uma matriz biológica, tampouco essencialista; mas como efeitos de negociação de sentidos nos quais valores distintos podem ser postos no mesmo plano em meio a relações antagônicas e agônicas. A cultura se descola da ideia de um objeto epistemológico e da etnologia comparada para prática de significação, efeito de relações de poder. Além de Bhabha, outros autores pós-colonialistas podem contribuir com o estudo, tais como: Stuart Hall, Gayatri Spivak, Edward Said, entre outros. Proponho ainda um diálogo com a filósofa Judith Butler ao pensar os enquadramentos normativos, bem como estudos antropológicos, como os de Viveiros de Castro e Maria Luiza Cunha ao pensar a questão do nativo e da cultura em outros termos que não se antagoniza à vida. Espero que o proposto por este projeto ofereça elementos pertinentes para o campo das relações étnico-raciais.
Situação: Em andamento;
Natureza: Pesquisa.